segunda-feira, 16 de março de 2015

Entrevista cedida ao site Revista Sociedade Militar e também à Revista Verde e Amarelo, a respeito da petição feita no Avaaz que acumulou 2 milhões de assinaturas

05/03/2015 às 13:00

Autor da petição com quase dois milhões de assinaturas é encontrado. Concede entrevista à Revista Sociedade Militar e diz que vai entregar ainda essa semana lista de nomes para ser protocolada em Brasília.

Há algum tempo vínhamos publicando na Revista Sociedade Militar textos que defendiam que a entrega de um abaixo assinado tão grande, num momento como esse, em que Dilma Roussef tem alta taxa de rejeição por conta da suspeita de que o PT seja um dos principais beneficiários dos esquemas de corrupção na Petrobrás, poderia complicar mais ainda a situação da Presidente. Nos textos instávamos o autor da petição, o único com acesso ao arquivo com os dados, a protocolar o documento, honrando as pessoas que o endossaram.

Na sexta-feira graças a nossa grande rede de colaboradores, identificamos o autor do abaixo assinado.

Logo fizemos contacto e marcamos uma entrevista, queríamos conhecer o autor desse importante documento, que talvez seja o maior abaixo assinado online pedindo o afastamento de um presidente da república.

Inicialmente questionamos Rogério sobre seu posicionamento político.

Revista Sociedade Militar - Como o senhor se considera em relação ao posicionamento político? Direita, esquerda, centro etc.

Rogério T. Martins - Infelizmente são poucos os políticos que podem representar a mim e a pelo menos estes dois milhões de brasileiros que se manifestaram através da petição e também por aqueles que se manifestam nas ruas e através das redes sociais. Pessoalmente sou apartidário, mas isto é irrelevante neste momento. O país está caótico em todos os segmentos
da economia e o dinheiro público é tratado com interesses pessoais. Não
vejo nenhum partido ou político que pudesse nos representar de maneira
reta, ética e com interesses sociais. Acreditamos ser necessário promover mudanças na gestão e nos gestores. Estamos lutando por
isto, por um país melhor.

Revista Sociedade Militar – O senhor Acredita que depois que a esquerda assumiu o controle do executivo as perspectivas do país aumentaram ou decresceram em relação a quesitos como saúde, habitação e nível intelectual da sociedade?

Rogério T. Martins – Não gosto de ver a política como “direita” ou “esquerda”, dá a sensação que nada vai mudar. É claro que nem tudo é de tudo ruim. A “esquerda”, como quer tratar, tem um papel importante na democracia e certamente vimos políticas boas nas gestões anteriores, que beneficiaram principalmente a educação no que diz respeito ao acesso às universidades, e também alguns programas sociais. A habitação avançou, mas há muito o que fazer por ela, entretanto, a saúde e a segurança pública voltaram no tempo, retrocederam, chega a nos arremeter a um cenário de guerra. O que vejo hoje é uma crescente gestão temerária, uma
iminente relação promíscua entre a coisa pública e a coisa privada, que vem se arrastando há anos pela “esquerda” e pela “direita” e que agora se enraizou e  vem sendo feita de maneira descarada e arrogante, e “finalmente”, a sociedade se submetendo aos prejuízos causados por esta
relação. É o aparelhamento do estado e o interesse privado se
sobrepujando aos interesses públicos. Depois da “direita”, a “esquerda” também teve sua oportunidade e já fizeram o seu papel. Quem sabe se pudermos trocar “todos” os políticos por “outros” novos?

Revista Sociedade Militar – O senhor foi informado pela própria Avaaz que P.Abramovay não é mais diretor da instituição. O senhor acredita que isso proporciona à Avaaz uma “cara” mais isenta, já que o que se ouve é que Avaaz é representante de interesses da esquerda?

Rogério T. Martins - Infelizmente não, a política não permite esta isenção.

Revista Sociedade Militar – O senhor já foi contactado por alguém interessado em lhe ajudar a protocolar a petição na câmara federal. Como seria feito isso, dado a dimensão do 
“documento”?

Rogério T. Martins -  Milhares de cidadãos são a favor do ato. Percebemos isso pelas manifestações nas redes sociais, pelas manifestações de rua e pela
própria petição, todos querem que este “movimento” seja alavancado, mas
entendemos que o movimento não é uma manifestação política e sim uma manifestação social. O compromisso deve ser com a sociedade, com a ética, com a moral, com as normas e com os princípios. A entrega do documento será apenas intermediada por alguém que tenha acesso fácil ao congresso.

Revista Sociedade Militar – Qual impacto o senhor acredita que a divulgação desse abaixo assinado gigantesco pode causar no governo? Pode acrescentar algo, se desejar.

Rogério T. Martins -  Queremos um país administrado dentro dos princípios básicos da administração – Legalidade, Finalidade, Motivação, Razoabilidade, Proporcionalidade, Moralidade, Ampla Defesa, Contraditório, Segurança Jurídica, Interesse Público e Eficiência, respeitando a Constituição e principalmente a todos nós Brasileiros. Este é o fim a ser perseguido, o interesse público.

Rogério T. Martins -  Nenhum partido ou político poderá se beneficiar deste documento. Ele é resultado de um movimento social, que certamente já teria alcançado os cinco milhões de adesões se não fosse a própria política. As assinaturas serão encaminhadas para o Congresso Nacional com o objetivo único e exclusivo de ser protocolado e entregue diretamente ao Presidente da Câmara dos Deputados. Não apoiamos intervenção militar, tudo deve ser feito dentro da lei, utilizando os recursos da Constituição.

Rogério T. Martins tem mesmo uma bomba nas mãos, uma petição que pede a abertura de um processo de impeachment contra a presidente Dilma Roussef que já tem quase dois milhões de assinaturas no site Avaaz, um dos mais famosos veículos de petições online.
Rogério é analista de sistemas, já trabalhou como administrador, desenvolve aplicações em Delphi e outra linguagens e mantém um site na rede, que pode ser acessado nesse endereço (http://disseminarinformacao.blogspot.com.br/2011/05/manager-design-patterns-aplicacao.html) . A petição foi iniciada ainda antes da copa do mundo. Mas, segundo ele relatou, ainda pouco das eleições de 2014 é que a movimentação se intensificou e o número de assinaturas aumentava rapidamente. Para ele a alta adesão na petição reflete o momento de insatisfação vivido pela sociedade.
Ele conta que houve momentos em que eram contabilizadas mais de 3 mil assinaturas por minuto. Isso significa que, a cada segundo mais de mais de 50 pessoas assinavam a petição. Pouco depois da eleição chegou-se a 1,1 milhão de assinaturas de pessoas. Aí começaram a surgir alguns problemas.

“Inicialmente o site começou a falhar e logo saiu do ar. Por um momento apresentava apenas uma mensagem de erro na tela. Pude observar que todas as outras petições do AVAAZ funcionavam perfeitamente e apenas esta petição apresentava problemas. Em dado momento a conexão se restabeleceu e logo apresentou uma página totalmente modificada.” Diz.

Todos que acompanham a petição perceberam e ficaram indignados quando a Avaaz retirou os contadores em tempo real. Dessa maneira ninguém mais poderia saber quantos assinavam por hora. Depois de algum tempo surgiu um texto explicando que o sistema passava por problemas causados pelo grande número de acessos. Uma mensagem informava que nenhuma assinatura seria perdida.

Em vários grandes sites via-se inúmeros comentários de leitores dizendo que a Avaaz era esquerdista, que nunca iria liberar a lista de assinaturas etc.
Realmente a Avaaz demonstrou claramente sua insatisfação em manter o documento online. Mas, a repercussão era enorme e a retirada do abaixo assinado poderia prejudicar a reputação da organização, que no Brasil é vista como “de esquerda”. Veja abaixo.

A Avaaz indagou a um grupo representativo dos seus membros brasileiros sobre a petição. Os resultados preliminares mostram que a maioria dos membros não apoia tal petição, mas também acredita que ela não deve ser retirada do ar.”

Rogério conta que recebeu um telefonema do diretor de campanhas da Avaaz, Michael Freitas Mohallem, que, além de dizer que Pedro Abramovay não era mais diretor da entidade, explicou que as modificações na petição eram temporárias e causadas pelo grande número de acessos simultâneos.

No domingo (02/03/2015) o abaixo assinado possuía mais de 1,93 milhões de assinaturas, e pode chegar a 2 milhões nessa segunda-feira ou terça-feira, inclusive alavancado pela repercussão dessa entrevista.

Já Intermediamos o contacto entre Rogério e algumas lideranças, inclusive políticas, da atual mobilização nacional em prol da moralidade e fim da corrupção no governo. O analista, como vimos acima, fez questão de dizer que não tem nenhuma pretensão política e que é apartidário. Ela já adiantou que essa semana vai entregar o arquivo com as assinaturas para ser protocolado na Câmara. Contudo, foi-nos solicitado sigilo, por enquanto, em relação aos nomes envolvidos.

Obviamente, o abaixo assinado online não tem qualquer poder legal. Mas, indubitavelmente, tem um gigantesco poder político. Pois, como bem disse Rogério, representa a vontade de quase dois milhões de cidadãos brasileiros. Um número que jamais poderá ser desprezado por nenhuma autoridade.

A idéia inicial, conforme revelada por uma das pessoas que estão em contacto com Rogério, seria imprimir as assinaturas e levar os vários volumes até o Congresso Nacional. Seria algo em torno de 70 mil folhas de formato A4, impressas em uma face, com 27 assinaturas cada. O que equivale a 140 resmas de papel, pesando de mais de 320 quilos. Entende-se que o ideal é protocolar o abaixo-assinado em um ato público. Isso tudo ainda na segunda semana de março. O significativo número de assinaturas deve ser passado às mãos do Deputado Eduardo Cunha, presidente da Câmara, o mais rápido possível.

Se esse documento for protocolado na Câmara dos Deputados antes do dia 15 de março, poderá, além do déficit político causado ao governo, engordar mais ainda as já grandes manifestações que ocorrerão.

Robson A.D.Silva – Revista Sociedade Militar / Revista o Pesadelo dos Políticos.

Veja na íntegra através do link

por Rogério Teixeira Martins

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