quinta-feira, 19 de março de 2015

21 de Março - Dia Nacional da Síndrome de Down

O nome da síndrome tem referência ao médico britânico John Langdon Down Haydon (1828-1896), o pioneiro nos artigos sobre a síndrome.

Segundo o Ministério da Saúde, a síndrome de down atinge atualmente 270 mil pessoas mil no Brasil e as pessoas que vivem com elas tem sua capacidade frequentemente questionada. 

A síndrome de down é uma alteração genética em que o portador possui três cromossomos 21 ao invés de dois e 47 cromossomos em suas células, diferentemente de uma pessoa que não é portadora da síndrome, que tem 46 cromossomos. 

Este cromossomo adicional define características físicas e acomete o portador a certos problemas de saúde, facilitando o risco de cardiopatias congênitas, malformações dos órgãos, hipotiroidismo, alguns tipos de leucemia, doença celíaca (causada pela intolerância ao glúten - proteína encontrada no trigo, aveia, cevada, centeio e seus derivados), alterações oculares, surdez e alterações em ossos do pescoço.

O portador da síndrome necessita de cuidados especiais como o acompanhamento de pediatra, fisioterapeuta, fonoaudiólogo e terapeuta ocupacional dentre outros especialistas.

A síndrome de down não é uma doença e sim uma alteração genética que afeta os cromossomos em suas células. Até o momento a síndrome não tem cura, mas existem estudos preliminares que envolvem a inativação do cromossomo 21, que tem uma cópia a mais nos portadores da síndrome, entretanto, são estudos ainda não conclusivos.

O berçário pode ser visto como a primeira fase da escola do bebê portador da síndrome, no entanto, o ideal é que passe a frequentar o berçário após os seis primeiros meses de vida, evitando assim, as chances de infecções. Outro fator importante é que a criança portadora deve tomar todas as vacinas incluídas no calendário vacinal, inclusive contra varicela e influenza.

As chances de o bebê nascer com a síndrome, aumenta em 1 caso a cada 100 nascimentos em mulheres que engravidam após os 35 anos e 1 caso a cada 1500 nascimentos, em mulheres mais jovens. A síndrome não bloqueia o amadurecimento. Comumente, a infantilização do portador é estimulada pela própria família e por pessoas próximas. Havendo o estímulo para viver em sociedade, frequentando a escola regularmente e com opções de lazer, o portador pode ter um desenvolvimento adequado e uma vida mais independente. Na verdade, o que ocorre é um atraso no amadurecimento sexual e comportamental e não um bloqueio.

O cromossomo adicional pode ser herdado tanto da mãe quanto do pai. Para as mulheres acima de 35 anos, a probabilidade aumenta devido a um erro no final da formação dos óvulos e normalmente ocorre naquelas células que ficam muito tempo nos ovários. Não há uma graduação diferente da síndrome, mas alguns pacientes apresentam malformação mais graves que outros e o grau do déficit intelectual varia muito entre os portadores.

A maioria dos Portadores apresentam um atraso na linguagem, entretanto, alguns indivíduos apresentam um desenvolvimento muito próximo da normalidade e outros, uma grande dificuldade na fala. Na maioria dos casos, o portador da síndrome é capaz de exercer atividades como andar, comer e se vestir sozinho, a diferença está na forma como essas atividades são assimiladas.

Débora Araújo Seabra de Moura, tornou-se a primeira professora com síndrome de down no Brasil. Ariel Goldenberg, ator que atuou no filme brasileiro "Colegas", afirma que a síndrome não o impede de fazer nada. O fotógrafo britânico Oliver Hellowel é portador da síndrome e possui quase 50 mil fãs na rede social facebook, onde posta suas fotos.

A fertilidade na síndrome ainda é estudada, entretanto, sabe-se que a mulher pode ter filhos, muito embora sejam menos férteis que mulheres não portadoras. Já os homens, em sua grande maioria, são considerados estéreis.

Não há nenhum impedimento físico ou mental para o trabalho e podem se relacionar com outras pessoas e até mesmo fazer sexo, desde que seja mostrado como natural na condição humana.

Os custos que envolvem cuidar de uma criança com a síndrome, são superiores a de outras crianças devido a necessidade de consulta com diversos especialistas, mas o SUS (Sistema Único de Saúde), entidades filantrópicas como a APAE e planos de saúde oferecem atendimento específico, bastando aos pais procurá-los.

O Ministério da Saúde criou uma cartilha específica para quem tem a Síndrome de Down, com a ajuda de jovens que vivem com a síndrome.

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Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"

Pobre Velha Música!

Pobre velha música!
Não sei por que agrado,
Enche-se de lágrimas
Meu olhar parado.

Recordo outro ouvir-te,
Não sei se te ouvi
Nessa minha infância
Que me lembra em ti.

Com que ânsia tão raiva
Quero aquele outrora!
E eu era feliz? Não sei:
Fui-o outrora agora.


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